
Parte de mim hoje morre e outra parte se liberta. Fui injusto em te deixar na mão e hoje percebo o quanto fui rude, mas não fiz por querer, me desculpa, metade de minha vida estava presa em meus sonhos e pesadelos, mas mesmo em maus tempos eu era feliz, eu era alguém ou apenas achava que era. Aqui eu era ingênuo, ignóbil, era apenas uma entre tantas outras pessoas, mas quando eu dormia, apenas deixava o vento me levar a ponto de não ter destino certo. Meu espírito estava em paz.
Agora tenho medo. Medo do que posso encontrar, não sei mais como é essa realidade e terei de encará-la daqui por diante. Entreguei tudo que conquistei ao meu melhor amigo, que ainda continua sonhando; ah, como gostaria de ainda estar lá! Esperarei a chuva cessar e seguirei minha vida de agora em diante, vagando sozinho por um novo caminho até hoje desconhecido por mim. Não sei o que encontrarei, mas tentarei superar, ou quem sabe, tentar me agarrar em um outro sonho qualquer. Antes eu te observava sonhar, agora, longe disso, estou só, sem ninguém a me apoiar. Quer dizer então que finalmente estarei liberto das correntes sufocantes? Liberto da dor que oprimia minha alma? Estarei finalmente livre?
adorei seus poemas, a dor e complemento da vida,sente dor e melhor do q nao sente.abrs
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