terça-feira, 21 de setembro de 2010

Apenas rogo...

Gostaria de poder te contar o que sinto, o que penso e quebrar as barreiras que nos distanciam, mas acho que tu não entende o que falo. Gostaria de te contar minhas histórias, todas as tristezas que passei até agora em minha vida, mas tu não consegues me escutar. Quem sabe eu entenda; meu coração com o tempo foi tomado pela amargura e já não confio em ninguém. Todas as minhas lembranças de um tempo feliz permanecem apenas no passado e talvez seja melhor assim. Não sei se me compreende, mas estou angustiado por dentro e precisava falar com alguém.
Sob o pouco de luz que me resta, escrevi palavras de ressentimento. Palavras que me amedrontaram pelas noites e me causaram medo; palavras que talvez me sepultem junto a elas. A luz que afeta essa escuridão está cada vez mais se dissipando e já não tenho esperanças de vê-la novamente. A mesma que rodeia meus pensamentos me deixa receoso, pois me faz lembrar do que tento esquecer e não consigo, ela clareia o pouco que ainda é vívido em minha mente e me acorrenta com memórias passadas. Rezo para que essa dor de culpa passe em breve e eu possa ter momentos de uma falsa paz. Em minhas orações peço para que tudo fique bem, que a vida seja graciosa, cheia de amor, mas apenas engano-me. Lágrimas escorrem em meu rosto, e minha fé se vai. A resposta para meu problema nunca veio, mas continuo a rezar com um pequeno raio de esperança de que isso acabe um dia. Enquanto expresso minha dor em palavras, sinto uma presença no escuro, ela está me chamando, pede para que eu saia dessa luz e apenas observe quem estiver nela.
Oh Deus; Deus que escuta minhas preces, gostaria de te contar o que sinto, o que penso, mas já nem sei se tu me entende. Não me desampare nesse momento perturbador que assombra minha vida, não deixe que essa luz apague e me ajude a entender minha mente que com o tempo está se perdendo, pouco a pouco, na imensidão do desconhecido. Apenas rogo-te que não me deixe cair em desgraça, que essas minhas palavras de lugubridade não me enterrem um dia.

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