sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Desilusão

Sozinho nessa floresta,
quase agonizando,
perdido, ninguém a vista...
fui apenas esquecido...

Ouço o som da flauta,
que vem da densa neblina;
um som hipnotizante que me faz sonhar,
sonhar com algo que acreditei ser real.

O céu está escuro, nublado
e as flores desabrochando com a noite.
Minha respiração está ofegante,
o veneno ainda está espalhado no ar.

Antes do meu último suspiro, choro...
mas não acredito que adiantará;
lágrimas não curam sentimentos,
apenas abrem feridas mais profundas.

Minha vida acaba hoje, aqui?
Será melhor assim, suponho,
estou prestes a morrer nesse vazio
e ainda sinto sua falta.

Lágrimas de tristeza escorrem,
as mesmas lágrimas que um dia me fizeram sonhar,
mas que hoje transformaram-se em suplício
e não pretendem mais cessar.

Talvez seja apenas um sonho,
e eu possa acordar desse tormento
quem sabe viver uma vida feliz;
sem ninguém ao meu lado.

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